SÓ PRA VOCÊ

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bons momentos valem ouro

Foi exatamente assim que senti quando tomei a decisão de vender um bracelete de ouro, belíssimo, que a minha mãe havia me presenteado quando completei 15 anos e que tinha sido dela em sua juventude. Eu estava separada do meu marido, pai dos meus filhos, e, também, do meu segundo companheiro, e a primeira providência tomada foi sair da minha casa, alugá-la e, com o dinheiro do aluguel, alugar um apartamento para mim e meus filhos. Tudo bem, tudo certo. Mas, o que eu recebia no Jornal não dava para continuar bancando os nossos sábados de pizza, com todos ao redor, falando de tudo ao mesmo tempo, comendo de boca cheia, separando as beiradas para a Duda, que mesmo sendo cachorra era membro da família com todos os direitos e mais um pouco. É claro que não pensei...AGI. Não consigo aceitar que um bracelete de ouro, cravejado de passado e mais guardado do que na ativa, possa ser mais valioso do que um presente, VIVO, pulsando, vibrante, feliz. Não deu outra: aquela pulseira garantiu muitos e muitos e muitos sábados de pizza. Minha mãe nunca soube disso, é claro, mas, depois que se foi deste Planeta, com certeza, ficou sabendo, e deve ter dado risada.

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